----------- Nícolas "Pavarotti" Poloni--------- Lucas "Domingo" De Lellis -------- Thiago "Carreras" Nestor -----------

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Alguns discos para ouvir antes de morrer.


Bom, inspirado no livro “1001 discos para ouvir antes de morrer”, resolvi eu criar uma lista, não de 1001 discos, até porque acho que eu não ouvi tantos discos bons assim, mas de alguns discos que eu considero interessantes para serem ouvidos antes de morrer. Começo com um disco que, confesso quando me foi apresentado, gerou uma resistência muito grande, porém depois de algumas audições com menos resistência e uma maior atenção percebi o real valor dele. O disco que está em questão, e abre a minha lista, é “Clandestino” (1998) do cantor franco-galês Manu Chao. Quem quisesse resumir em uma só palavra o Cd, encontrá-la-ia perfeitamente na palavra mistura. E essa mistura se deve, não só ao caráter musical, onde Manu mistura sons captados em suas viagens pela América Latina e África, mas também pelo mix de línguas utilizadas nas letras. Com canções em espanhol, francês (suas línguas maternas) os fãs já estavam habituados, porém Manu inova na canção “Minha Galera”, onde lista uma série de palavras em português que lhe chamavam muito a atenção. Manu Chao é no mínimo intrigante e merece ser ouvido com um pouco mais de atenção. Para os mais curiosos segue o link do cd para download.

http://nobrasil.org/0862-manu-chao-clandestino/

Postado por Thiago "Carreras" Nestor


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Aconteceu com meu amigo

Certa vez, Tadeu teve um certo problema, daqueles que homem nenhum gosta de ter. Olhou pra baixo desconsolado, quase que chorando. Seu queixo tremia, não por sentir alguma dor ou algo parecido, mas sim por achar que aquilo que lhe ocorrera era por sua culpa.
Sua mulher falava:
- Não é culpa sua Tadeu, isso acontece com todo mundo
- Mas não comigo. Nunca fiz disso antes, nunca! - exclamou Tadeu ainda com o queixo trêmulo.
A mulher, já sem saber o que fazer, virou-se para o lado e foi ver tevê. Então Tadeu, num rompante de hombridade disse:
- Vou dar um jeito nisso, e é agora! - foi até o banheiro, pegou um pano e limpou o leite que havia derrubado do copo.

sábado, 5 de setembro de 2009

Quem quer ver um bom filme?

Ao assistir Quem quer ser um milionário? (2008), dirigido pelo britânico Danny Boyle, me pergunto por que o filme foi o ganhador do Oscar de 2009. O filme, baseado no romance Q & A (2005), do indiano Vika Saurup, conta a história de um indiano pobre, nascido na favela, que tem sua oportunidade de enriquecer ao participar do programa de perguntas e respostas que oferece um alto prêmio em dinheiro ao ganhador. A participação do jovem rapaz cria uma grande expectativa, principalmente na população pobre, que o vê como um símbolo da justiça social.
Ao retratar a vida do jovem Jamal, desde sua infância até seus 18 anos, passando por diversas dificuldades com seu irmão Samil, o filme acaba mostrando a realidade que muitas vezes é esquecida por grande parte da população: a desigualdade social. Apresentando a miséria extrema das favelas indianas, o filme acaba sendo, muitas vezes, comparado ao aclamado Cidade de Deus (2002), dirigido por Fernando Meirelles, baseado no romance homônimo do brasileiro Paulo Lins, publicado em 1997, que trata de uma realidade presente na sociedade que tenta ser varrida para baixo do tapete. Até esse momento tudo ocorre bem: a injustiça social, o protagonista que fica entre o bem e o mal, o programa de tevê como oportunidade de vencer na vida. Há, porém, a inclusão do mais velho artifício fílmico: o romance.
Ao mostrar o início da relação “predestinada” entre Jamal e Latika, o filme começa a perder o sentido. Com um roteiro previsível, acompanhado de diálogos pobres e não naturais, o filme descamba para o banal. A crítica social acaba perdendo espaço para o amor dos personagens, culminado com seu reencontro e com a vitória do personagem no programa de tevê, tornando-se assim, um milionário. A morte do irmão, criminoso desde criança, acaba lhe dando a redenção, ou seja, esqueçamos que ele foi um bandido, uma vez que morreu por uma boa causa: o amor entre Jamil e Latika.
A pergunta que me fiz no início desse texto, na verdade, é retórica. Sei perfeitamente porque o filme foi o vencedor do Oscar, em 2009. Ainda que com um péssimo roteiro, há a crítica social, assunto de sucesso nos últimos anos, o que permitiu a vitória do filme. Há, também, claro, pontos positivos, como a interpretação das crianças que fazem os três personagens principais em sua infância, e a beleza da atriz Freida Pinto. Sem contar a dança final, tradição dos filmes bollywoodianos, que, apesar de ridícula (ou por ser ridícula) traz um sorriso ao rosto do expectador.
No final das contas, preferia ter ido ver o filme do Pelé...ou não.

Postado por Nícolas "Pavarotti" Poloni

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Porcarias que não servem para nada....

Pois é gurizada, como eu trabalho feito louco, faço algumas coisas pra me desestressar. Aí vão os sítios:

www.hattrick.org ---> Gerenciamento de Futebol

www.backin77.com ---> Download de músicas (a maioria é boa)

www.kongregate.com ---> Jogos em flash, pra passar o tempo e colecionar badges

www.globo.com/cartola ---> Fantasy game da globo, campeonato brasileiro

www.universobrasfoot.net ---> Simulador e gerenciamento de futebol


até mais...

sábado, 29 de agosto de 2009

É bixo, ô loco meu!

Já que sou um tenor, posso, então, fazer umas questões sobre música, certo?!

A primeira delas é: Como é samba-roque? É um roque com guitarra e ganho no máximo? Tem um cabeludo tatuado cantando em falsete (que, aliás, é coisa de soprano)? Calça rasgada, cabelo moicano e camiseta dos Pistols são coisas dos “sambistas-roqueiros”, será que isso é o que define samba-roque?

Segunda questão: Por quê a música popular brasileira não é popular? Ou seja, como um ex-mendigo, que, às vezes, toca violão com um sapatão tem o ingresso de seu show custando 150 reais e, gringos como Oasis (que particularmente não gosto) tem o valor do ingresso em 120 reais? Será que a Inglaterra é mais próxima de Porto Alegre do que São Paulo? Uma pessoa que ganha 500 reais por mês não tem condições de assistir esse espetáculo, por dois motivos, não pode ir no Oasis porque não entende inglês, e não vai no show do Seu Jorge porque se for não consegue comprar comida durante um mês!

Terceira e, finalmente, última: Existem três reis da música mundial, Elvis Presley, Michael Jackson e o Rei Roberto Carlos. Dois morreram, o último ainda vive! Falarei um pouco sobre esse último. O cara faz o mesmo show há cinqüenta anos, com as mesmas músicas, as mesmas falas e as mesmas roupas. Vendeu mais CDs que qualquer outro músico no Brasil e, como se não bastasse, outros ainda gravam suas músicas. É, ou não, Rei?


p.s: Esse post não está sujeito a divergências de opiniões, sou Tenor e não gostaria de ser interrompido após minhas divagações.


Postado por Lucas "Domingo" De Lellis

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Sem você é foda


Ter a vista embaçada, turva

perder a cor do mundo,

ficar sem destino.

É assim que eu me sinto

quando estou sem você

Meu óculos.



Postado por Thiago "Carreras" Nestor

sábado, 8 de agosto de 2009

A volta do(s) Chacrinha(s)

Me espanta o número de carros transitando em Porto Alegre. não é de hoje que, nas idas ao Campus do Vale pela manhã bem cedo, vejo a Avenida Bento Gonçalves atrolhada de carros vindo de Viamão ou afins. O mesmo acontece com a Ipiranga e Protásio Alves no final da tarde, horário de volta desses mesmos carros. Claro que minha constatação se dá nessas duas ou três avenidas porque são as que utilizo no meu dia-a-dia. Mas há algo que me espanta mais do que o número de carros: a volta dos Chacrinhas.

É incrível perceber como a buzina se tornou acessório de primeira importância nos carros, hoje em dia. Imagino o motorista indo comprar um carro, seja o primeiro, seja troca. O vendedor diz:

- Esse carro é divino. Vem com ar-condicionado, câmbio automático, roda de liga leve, airbag e...

- Pera, pera. Só quero saber uma coisa: tem buzina?

- Tem sim, senhor.

- Então vou levar.

A buzina se tornou o órgão principal do carro. É o meio de expressar a indignação do motorista através do veículo. Claro, pensemos, se o motorista escolhesse gritar, teria que se esguelar, muitas vezes, e mesmo assim, correria o risco de não ser ouvido. Que outras soluções teria? Não poderia, por exemplo, atropelar alguém como forma de reclamação. A tiazinha tá lá atravessando a rua calmamente e o sinal abre. Que que o motorista faz? Buzina. Não vai jogar o carro em cima da mulher, muito menos descer e empurrá-la pra cima da calçada. Não! Ele vai buzinar. É a solução mais prática.

O que dizer dos motoboys então? A buzina é a alma da moto. Vai atravessar de uma esquina pra outra: buzina. Vai passar no meio de dois carros: buzina. Estaciona na frente do domicílio de entrega: buzina. Passa uma mulher gostosa na rua: buzina. Bom, esse último vale também pros carros, e pra caminhões, principalmente. Sei que muitas vezes essa buzininha chata das motos é pra garantir a sobrevivência dos boys. Pra não topar com um veículo vindo a milhão, ou pra mostrar que está ali mesmo que esteja no ponto cego do retrovisor, o motoboy só pode se utilizar desse instrumento sonoro. Enfim, pode ser realmente útil, mas incomoda, de qualquer forma.

Toco nesse assunto porque aconteceu comigo esses dias. Desci do ônibus e vi que o sinal estava fechado pros carros. Dei uma corridinha até o final da calçada da parada de ônibus e, quando cheguei na faixa de segurança, aquela maldita mãozinha vermelha começou a piscar. Como estava com pressa, resolvi arriscar: pus os dois pés em cima da faixa e comecei a travessia. Não preciso dizer que na metade da rua o sinal dos carros abriu, aí a sinfonia começou. Era buzina dos dois carros da frente, era buzina dos carros de trás buzinando pros carros da frente, era buzina dos outros carros mais atrás...Me senti um maestro. Pensei em pegar uma caneta da mochila e reger os veículos, mas achei melhor não, provocá-los poderia ser demais. O que fiz então? Irritado, parei no meio da rua, fiquei de frente para os carros que já avançavam em minha direção, dei alguns passos a frente, peguei cada um dos dois carros com uma das mãos, os ergui no ar e arremessei contra os carros de trás. As buzinas pararam. Sim, todos estavam com medo de mim e me respeitavam, agora. Ri orgulhoso.

Bom, pra falar a verdade, não tive tempo nem de sonhar isso na hora. Tive mesmo é que dar uma corridinha pra alcançar a outra ponta da calçada antes que os carros me erguessem no ar e me arremessassem pralgum lugar qualquer. Ainda ouvi algumas buzinas, alguns xingões e um ou outro dedo levantado pra mim. Não pude fazer nada senão uma cara de brabo e reciproceder os dedos levantados. Mas o mais engraçado mesmo nessa história toda é ver que os motoristas são os que dão de Chacrinha, mas são os pedestres quem mais parecem com o velho palhaço.


Postado por Nícolas "Pavarotti" Poloni

terça-feira, 7 de julho de 2009

Vinte passos para você se tornar um perfeito indie:


Este texto tem como principal objetivo (se é que podemos chamar isso de objetivo) servir de manual para você que quer tornar-se um indie. Se você não sabe o que é um indie, faço então uma breve introdução do que seria. Resumidamente o indie rock é um estilo de rock criado na Inglaterra por bandas que não conseguiam se lançarem por grandes gravadoras. Essas bandas têm todo um estilo próprio. Seguem, abaixo, 20 passos para aqueles que desejam seguir este estilo.

1. O primeiro passo, e geralmente o mais importante, é observar bem alunos dos cursos considerados estranhos como o Jornalismo e preferencialmente os estudantes de letras. Nesses cursos encontramos uma porrada de gente que pode ser considerada Indie.
2. Tenha sempre um ar blasé (é um olhar de indiferença que mistura tédio com uma certa dose de superioridade) em seu rosto e lamente ter nascido na década errada.
3. Use oclinhos quadrado de acetato (aqueles óculos com o aro mais grosso).
4. Use sempre all-star e alguma camiseta de banda. Se não gosta de all-star, um adidas retro já quebra o galho.
5. Use sempre roupas um pouco mais curtas e coladas ao corpo. (mas não exagere na roupa colada).
6. Use bottons e chaveiros engraçados
7. Navega pela net em um mundo de sites e blogs de bandas independentes ou pelo site daquela super banda de rock da Bósnia que são considerados os novos Strokes
8. Tenha no mínimo 10GB de música em seu computador (preferencialmente músicas que ninguém conheça)
9. Não desgrude de seu mp3 player mesmo quando você ta batendo um papo com um amigo, permaneça com o fone no ouvido.
10. Faça air-guitar em público durante as músicas que você mais curte
11. Compre discos de vinil sem nem mesmo ter onde ouví-los
12. Não pegue ninguém, ninguém mesmo, se faça um pouco de coitado, porém no fundo orgulhe-se disso. CUIDADO: este item é o mais perigoso de todos, o exagero pode deixar você com fama de EMO.
13. Seja conhecedor (ou pseudo-conhecedor) de literatura, mas nunca, em hipótese alguma elogie os best-sellers atuais. Os resumos encontrados facilmente no Google sempre ajudam nesse item.
14. Indique e grave cds com aquele monte de músicas “super legais” de bandas que nunca ninguém jamais ouviu falar e dê aos seus amigos. Este item geralmente dá problemas, uma vez que os seus amigos (e acreditem, eles vão) devem recusar esses presentes.
15. Indique os seus blogs com “achados musicais” no seu nick do MSN.
16. Pareça politizado ou ligado na situação econômica atual, mas nunca o seja, apenas pareça ser, e tente evitar tais tipos de conversa. Os Indies não gostam de política. Deixe isso com os estudantes utópicos de História ou Ciências Sociais.
17. Um corte de cabelo estiloso, ou mesmo a falta dele, ajuda a ganhar pontos importantes, porém é um campo muito arriscado. Se você exagerar será facilmente confundido com algum EMO.
18. Ao tirar fotos, tente sempre tirar fotos desfocadas ou abstratas. O photoshop ajuda a dar aquele efeito melancólico. Use-a no MSN, com uma frase de impacto, que você extraiu de uma das músicas daquela sua banda preferida da Bósnia.
19. Nas festas, prefira sempre os cantos, se for conversar com alguém prefira sempre algo “Cult” do tipo cinema da década de 50. Quando tocar Franz Ferdinand faça seu air-bass discretamente.
20. Tenha preferencialmente algum problema psicológico e freqüente algum doutor que trate desses problemas. Se não o tiver, freqüente o médico mesmo assim e faço com que todos seus amigos saibam disso. Um antidepressivo na cabeceira da cama também é bem indie. E faça bom proveito.

Postado por Thiago "Carreras" Nestor

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Quase famosos


O filme Quase famosos (2000), do diretor estadunidense Cameron Crowe, conta história de um jovem garoto que é contratado pela revista Rolling Stone para escrever um artigo sobre a banda Stillwater e sua turnê pelos Estados Unidos.


Crowe que, quando escreveu e dirigiu o filme já tinha na bagagem um filme premiado pelo Oscar, Jerry Maguire - A grande virada (1996), ainda dirigiu sucessos como Vanilla Sky (2001) e Tudo acontece em Elizabethtown (2005). Quase famosos, que também foi premiado, dessa vez com o Oscar de Melhor Roteiro Original, além de ter outras três indicações, traz ao público a banda de rock fictícia Stillwater, baseada na história de três outras bandas adoradas por Crowe: Led Zeppelin, Allman Brothers e Lyniyrd Skynyrd.


Seguindo a linha de Tom Hanks quando produziu The Wonders – O sonho não acabou (1996), e que também utilizando uma banda fictícia inspirada em histórias alheias, Crowe mostra o tumultuoso início de uma banda de rock nos Estados Unidos, enfatizando o lado psicológico e o relacionamento entre os músicos. Ao assistirmos o filme, vemos um jogo de egos entre os integrantes da banda que acaba culminando em brigas e rixas dentro da mesma. Paralelo a isso, temos diversas cenas mostrando o envolvimento das personagens com drogas lícitas e ilícitas, o que propicia tanto momentos de comicidade quanto de dramaticidade ao espectador.


O aspecto autobiográfico é outro ponto curioso do filme. Além de se basear na história de bandas do gosto de Crowe, o próprio roteiro tem fundamento na vida do diretor. Quando adolescente, Crowe acompanhou a turnê da banda Led Zeppelin quando escrevia para a Rolling Stone, aos quinze anos de idade. Uma cena específica do filme também foi criada a partir dessas memórias: Billy Crudup, interpretando o guitarrista Russell Hammond, após usar LSD, sobe no telhado de uma casa e grita: “Eu sou um deus dourado”, cena essa que foi, na verdade protagonizada por Robert Plant, vocalista do Led Zeppelin, no alto de um hotel em Los Angeles. Além disso, a personagem Penny Lane, interpretada por Kate Hudson, na verdade, foi uma das primeiras paixões do diretor, quando jovem. Lester Bangs, falecido em 1982, é interpretado por Phillip Seymour Hoffman, sendo inclusive considerado até hoje um dos maiores críticos musicais nos Estados Unidos.


Entre fatos verídicos e fictícios, Quase famosos parece ser mais uma diversão de fim de semana de Crowe que deu certo do que propriamente um filme. Deixando a banalidade e as expectativas tradicionais de quando se assiste a um filme que conta a história de uma banda de rock, Quase famosos traz características a mais como a interação entre os atores, um roteiro bem produzido e, claro, a trilha sonora. Trilha essa que conta inclusive com uma cena antológica, quando, brigados, os integrantes da banda, o jovem jornalista e as groupies estão dentro do ônibus em direção à próxima cidade da turnê e Tinny Dancer, do Elton John, toca ao fundo, sendo, logo em seguida, cantada por todos os no ônibus, pacificando as relações.


Postado por Nícolas "Pavarotti" Poloni