----------- Nícolas "Pavarotti" Poloni--------- Lucas "Domingo" De Lellis -------- Thiago "Carreras" Nestor -----------

sábado, 29 de agosto de 2009

É bixo, ô loco meu!

Já que sou um tenor, posso, então, fazer umas questões sobre música, certo?!

A primeira delas é: Como é samba-roque? É um roque com guitarra e ganho no máximo? Tem um cabeludo tatuado cantando em falsete (que, aliás, é coisa de soprano)? Calça rasgada, cabelo moicano e camiseta dos Pistols são coisas dos “sambistas-roqueiros”, será que isso é o que define samba-roque?

Segunda questão: Por quê a música popular brasileira não é popular? Ou seja, como um ex-mendigo, que, às vezes, toca violão com um sapatão tem o ingresso de seu show custando 150 reais e, gringos como Oasis (que particularmente não gosto) tem o valor do ingresso em 120 reais? Será que a Inglaterra é mais próxima de Porto Alegre do que São Paulo? Uma pessoa que ganha 500 reais por mês não tem condições de assistir esse espetáculo, por dois motivos, não pode ir no Oasis porque não entende inglês, e não vai no show do Seu Jorge porque se for não consegue comprar comida durante um mês!

Terceira e, finalmente, última: Existem três reis da música mundial, Elvis Presley, Michael Jackson e o Rei Roberto Carlos. Dois morreram, o último ainda vive! Falarei um pouco sobre esse último. O cara faz o mesmo show há cinqüenta anos, com as mesmas músicas, as mesmas falas e as mesmas roupas. Vendeu mais CDs que qualquer outro músico no Brasil e, como se não bastasse, outros ainda gravam suas músicas. É, ou não, Rei?


p.s: Esse post não está sujeito a divergências de opiniões, sou Tenor e não gostaria de ser interrompido após minhas divagações.


Postado por Lucas "Domingo" De Lellis

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Sem você é foda


Ter a vista embaçada, turva

perder a cor do mundo,

ficar sem destino.

É assim que eu me sinto

quando estou sem você

Meu óculos.



Postado por Thiago "Carreras" Nestor

sábado, 8 de agosto de 2009

A volta do(s) Chacrinha(s)

Me espanta o número de carros transitando em Porto Alegre. não é de hoje que, nas idas ao Campus do Vale pela manhã bem cedo, vejo a Avenida Bento Gonçalves atrolhada de carros vindo de Viamão ou afins. O mesmo acontece com a Ipiranga e Protásio Alves no final da tarde, horário de volta desses mesmos carros. Claro que minha constatação se dá nessas duas ou três avenidas porque são as que utilizo no meu dia-a-dia. Mas há algo que me espanta mais do que o número de carros: a volta dos Chacrinhas.

É incrível perceber como a buzina se tornou acessório de primeira importância nos carros, hoje em dia. Imagino o motorista indo comprar um carro, seja o primeiro, seja troca. O vendedor diz:

- Esse carro é divino. Vem com ar-condicionado, câmbio automático, roda de liga leve, airbag e...

- Pera, pera. Só quero saber uma coisa: tem buzina?

- Tem sim, senhor.

- Então vou levar.

A buzina se tornou o órgão principal do carro. É o meio de expressar a indignação do motorista através do veículo. Claro, pensemos, se o motorista escolhesse gritar, teria que se esguelar, muitas vezes, e mesmo assim, correria o risco de não ser ouvido. Que outras soluções teria? Não poderia, por exemplo, atropelar alguém como forma de reclamação. A tiazinha tá lá atravessando a rua calmamente e o sinal abre. Que que o motorista faz? Buzina. Não vai jogar o carro em cima da mulher, muito menos descer e empurrá-la pra cima da calçada. Não! Ele vai buzinar. É a solução mais prática.

O que dizer dos motoboys então? A buzina é a alma da moto. Vai atravessar de uma esquina pra outra: buzina. Vai passar no meio de dois carros: buzina. Estaciona na frente do domicílio de entrega: buzina. Passa uma mulher gostosa na rua: buzina. Bom, esse último vale também pros carros, e pra caminhões, principalmente. Sei que muitas vezes essa buzininha chata das motos é pra garantir a sobrevivência dos boys. Pra não topar com um veículo vindo a milhão, ou pra mostrar que está ali mesmo que esteja no ponto cego do retrovisor, o motoboy só pode se utilizar desse instrumento sonoro. Enfim, pode ser realmente útil, mas incomoda, de qualquer forma.

Toco nesse assunto porque aconteceu comigo esses dias. Desci do ônibus e vi que o sinal estava fechado pros carros. Dei uma corridinha até o final da calçada da parada de ônibus e, quando cheguei na faixa de segurança, aquela maldita mãozinha vermelha começou a piscar. Como estava com pressa, resolvi arriscar: pus os dois pés em cima da faixa e comecei a travessia. Não preciso dizer que na metade da rua o sinal dos carros abriu, aí a sinfonia começou. Era buzina dos dois carros da frente, era buzina dos carros de trás buzinando pros carros da frente, era buzina dos outros carros mais atrás...Me senti um maestro. Pensei em pegar uma caneta da mochila e reger os veículos, mas achei melhor não, provocá-los poderia ser demais. O que fiz então? Irritado, parei no meio da rua, fiquei de frente para os carros que já avançavam em minha direção, dei alguns passos a frente, peguei cada um dos dois carros com uma das mãos, os ergui no ar e arremessei contra os carros de trás. As buzinas pararam. Sim, todos estavam com medo de mim e me respeitavam, agora. Ri orgulhoso.

Bom, pra falar a verdade, não tive tempo nem de sonhar isso na hora. Tive mesmo é que dar uma corridinha pra alcançar a outra ponta da calçada antes que os carros me erguessem no ar e me arremessassem pralgum lugar qualquer. Ainda ouvi algumas buzinas, alguns xingões e um ou outro dedo levantado pra mim. Não pude fazer nada senão uma cara de brabo e reciproceder os dedos levantados. Mas o mais engraçado mesmo nessa história toda é ver que os motoristas são os que dão de Chacrinha, mas são os pedestres quem mais parecem com o velho palhaço.


Postado por Nícolas "Pavarotti" Poloni